Blog Studio Bank

Conteúdos relevantes que conectam você com o mercado financeiro!

8 mitos e verdades sobre o escore de crédito

Mas como funciona o cálculo do escore de crédito? Quais as informações que são levadas em conta para chegar a aquele número de 0 a 1.000 que pretende retratar a sua vida financeira? Para responder essas e outras dúvidas, conversamos com Amanda Castro, gerente de score da Serasa.

Vamos dar um panorama geral do score de crédito e responder algumas das principais curiosidades a respeito do tema, para que você possa saber o que é verdade e o que é mito.

O que é score de crédito?

Amanda Castro explica que é um número criado e calculado pelos bureaus de crédito com um objetivo: ajudar quem empresta a medir o risco em fazer negócios com determinado cliente.

“O score é um indicador que aponta o risco de inadimplência daquela pessoa, o risco do consumidor em não conseguir arcar com seus compromissos de crédito como um todo”, resume.

Como o score de crédito é calculado?

O cálculo vem mudando ao longo dos anos. Primeiramente, pela criação do Cadastro Positivo, que municiou as empresas de informação sobre a vida financeira dos clientes para além das dívidas. Mais recentemente, pela possibilidade de inclusão voluntária de informações.

Amanda explica que o Score da Serasa é calculado da seguinte maneira:

  • Compromisso com o crédito – Peso: 55%
  • Registro de dívidas e pendências – Peso: 33%
  • Consulta de empresas ao CPF – Peso: 6%
  • Evolução financeira – Peso: 6%

Sendo que, “compromisso com o crédito” são as informações oriundas do Cadastro Positivo. Esse fator vai levar em conta como é o comportamento usual daquele consumidor em contratos de crédito, pagamentos de fatura de cartão, crediários e contas de serviço, por exemplo.

“Aqui contamos a historinha de quando a pessoa buscou o crédito e como foi o compromisso com esse crédito ao longo do tempo”, explica a gerente da Serasa.

O “registro de dívidas e pendências” é o famoso “ter o nome na Serasa”. Se você tem dívidas registradas em seu nome, negativadas ou atrasadas. Cheques sem fundo, ações judiciais e falências de empresas no nome do consumidor também conta.

O “Consultas ao CPF” é um fator que tenta antecipar um problema. Se há muitas consultas ao CPF do consumidor, pode ser um indicativo que esse cliente está muito necessitado de crédito e eventualmente pode não conseguir quitar esses contratos no futuro.

Por fim, a “evolução financeira” é o esforço em “contar uma história”, em vez de uma fotografia de momento. Observar como o consumidor se comporta ao longo da vida financeira e, assim, tentar antecipar o “final do filme”.

Serasa passou a permitir inclusão de dados bancários

Desde agosto deste ano, a Serasa permite o que a empresa está chamando de “conexão bancária”. Em resumo, trata-se de uma ferramenta que permite autorizar o acesso ao extrato bancário para o cálculo do score.

De acordo com Amanda Castro, essa possibilidade foi instituída como resposta a uma demanda de consumidores. Parte dos usuários se queixava à Serasa, explica ela, por ter score baixo por nunca ter tido acesso a crédito no passado. “Com os dados bancários, portanto, esse consumidor poderia comprovar que tem uma vida econômica ativa”.

“Não temos acessos transacionais. Temos acesso ao extrato bancário, conseguimos ver que tem um salário ou que essa pessoa recebe pagamentos de diversas fontes, por exemplo. As pessoas querem compartilhar seus dados para poder aumentar o score”, afirma à Inteligência Financeira.

Diferentemente do Cadastro Positivo, que desde uma lei aprovada em 2019 passou a ter adesão automática, a cessão dos dados bancários depende da autorização expressa do cliente.

Como consultar meu score de crédito?

As empresas que calculam o score e prestam esse serviço também fornecem a consulta gratuita aos consumidores.

Quantos pontos no score é considerado bom?

A Serasa divide as pontuações em quatro faixas:

  • 0 a 300 pontos – Muito baixo
  • 301 a 500 pontos – Baixo
  • 501 a 700 pontos – Bom
  • 701 a 1.000 pontos – Excelente

Mitos e verdades sobre o score de crédito

  1. Antecipar o pagamento do cartão de crédito reduz score?

Mito. De acordo com Amanda Castro, o critério para as faturas do cartão de crédito é um só: o ideal é que o cliente pague todo o valor da fatura até o dia do vencimento.

“Se pagar antes não vai impactar, nem positivamente nem negativamente. O ponto é pagar tudo até o dia em que a fatura vence. Não importa se você foi antecipando ao longo do mês, que é algo que algumas pessoas preferem por terem rendimentos que variam”, explica.

  1. Ter muitas consultas pode derrubar meu score de crédito?

Verdade. Um dos critérios utilizados para calcular o score de crédito é a frequência em que seu CPF é consultado. Se você tiver um alto volume de consultas em um curto espaço de tempo, o seu score pode cair. “Isso pode mostrar uma busca muito necessitada por crédito e acabar sendo um fator negativo”, diz Amanda.

Esse é um problema enfrentado, por exemplos, por pessoas que estão buscando um financiamento e consultam diferentes empresas em um curto espaço de tempo. No entanto, a gerente da Serasa diz que não há motivo para preocupação.

“É um eventual prejuízo, mas muito pontual. Consultas ao CPF representam apenas 6% do cálculo do score”, diz Amanda. Ela ainda pondera que se essas consultas não se convertem em comprometimentos para a renda, em pouco tempo esse efeito deixa de impactar.

  1. Consultar meu próprio score pode me prejudicar também?

Mito. Só são consideradas as consultas feitas por terceiros. A consulta feita pelo próprio usuário, mediante login e senha no portal do bureau de crédito, não impacta no score.

  1. É possível ter cartão de crédito com score baixo? E é possível ter cartão negado mesmo com score alto?

Verdade e verdade. Isso por um motivo simples: o score não é o único fator levado em conta pelas instituições. As empresas avaliam também outras fontes de informação, como seu relacionamento com a instituição e outras bases de dados.

Reportagem da Inteligência Financeira apresentou uma dessas bases que merece atenção, o Registrato do Banco Central. Uma vez que o cliente autorize o acesso, o Serviço de Informações de Crédito (SCR) fornece a quem está emprestando uma relação dos contratos de crédito já firmados por aquela pessoa.

Em geral, essa é uma informação pedida nas letras miúdas quando se solicita um cartão ou um financiamento e que impacta na decisão que vai ser tomada pela instituição.

  1. Dívida caducada afeta o score?

Mito, mas com uma grande ponderação. De acordo com Amanda Castro, após cinco anos a dívida caducada deixa o cálculo do score. No entanto, ela observa que a dívida não deixa de existir porque caducou. O débito só não pode mais ser cobrado legalmente, mas ele segue pendente.

Dessa maneira, a existência da informação de que essa dívida existiu ainda pode fazer com que o cliente receba uma negativa. Isso especialmente quando quem nega o novo crédito é justamente o banco que emprestou lá atrás e não recebeu o pagamento. “Se alguém está te devendo você não esquece. Você pode até não ficar mencionando mais, mas você não vai esquecer”, afirma Amanda.

  1. Ter investimentos impacta o score?

Mito. Você ter investimentos não é algo que fará o seu score subir. Ao menos por enquanto. De acordo com a gerente de score da Serasa, a possibilidade da inclusão dos dados bancários abre a possibilidade para que, no futuro, esse fator entre na conta.

  1. Colocar CPF na nota aumenta o score?

Mito. O CPF na nota é um programa de alguns estados para a devolução posterior de impostos. No entanto, não há integração com as bases de dados e o score não sofre impacto.

  1. Pagar no Pix aumenta o score?

Mito. Na verdade, pagar no Pix é algo que não impacta no cálculo do score. Isso porque a conta feita pelos bureaus parte do seu uso do crédito. Se o pagamento foi no Pix ou em um cartão de débito, por exemplo, não houve uma operação de crédito. Portanto, não é algo contabilizado.

Fonte: Inteligência Financeira.

Saiba mais sobre a Studio Bank: