Recentemente, o Banco Central (BC), admitiu que a inflação de 2022 vai ficar acima da meta estimada. Em sua, a meta para este ano é de 3,5% com variação de 1,5% para mais ou para menos. De acordo com o relatório divulgado pelo BC, a chance de a inflação ficar acima do teto em 2022 passou de 88% em março, para 100% em junho. A projeção atual é que a inflação encerre o ano em 8,8%.
Enquanto isso, para 2023 a meta do Banco Central é de uma inflação de 3,25%, com piso em 1,75% e teto em 4,75%. E a chance de ficar acima do teto aumentou de 12% para 29%. A projeção do BC para o próximo ano é de que a inflação chegue a 4%, e em 2024 fique em 2,7%.
Por que a inflação deve estourar o teto?
Entre as razões apontadas para as estimativas, o Banco Central citou a inflação recente maior do que o esperado. Além disso, houve uma revisão da projeção de curto prazo, e uma alta dos preços internacionais do petróleo. Ademais, há a propagação das pressões inflacionárias por inércia.
Além de que, o Banco Central também mencionou o aumento das estimativas de mercado para a inflação. Assim como os indicadores da atividade econômica mais fortes que o esperado e a elevação da taxa de juros real neutra. Entretanto, o cenário não considera o impacto das medidas propostas pelo governo para diminuir os preços de combustíveis e energia, tais como a limitação do ICMS a 17%, que também terão um custo fiscal.
Vale lembrar que quando a inflação fica fora do intervalo da meta, o presidente do BC escreve uma carta ao presidente da República para explicar a situação. Em 2021, o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, explicou a alta acima do estimado, citando a valorização dos preços das commodities, da energia e da falta de insumos, problemas que atingiram o mundo todo.