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Comprar a casa própria ficou mais caro em 2022 por causa do aumento dos juros

Mas, o que está acontecendo?

  • A taxa básica de juros do país (Selic) passou de 2% ao ano em março de 2021 para 13,75% atualmente.
  • Os juros de crédito subiram de 9,43% ao ano em setembro de 2020 para 12,7% em setembro deste ano.
  • A taxa básica de juros importa porque ela representa o custo do dinheiro no país.
  • No setor imobiliário, influencia os contratos. Se a Selic sobe, quem tem financiamento passa a pagar mais caro pelo imóvel.

Veja os juros de financiamento de imóveis em alguns bancos:

  • Banco do Brasil: a partir de 7,93% ao ano, com atualização do saldo devedor pela TR (taxa referencial). As taxas mudam conforme perfil do cliente, prazo de financiamento e relacionamento com o banco. O prazo máximo é de 30 anos.
  • Bradesco: há dois modelos. O mais tradicional tem juros a partir de 9,5% ao ano mais TR. O pós-fixado é composto de uma taxa de 9,16% ao ano, resultado de juros de 2,99% mais de 6,17% (teto do rendimento da poupança).
  • Caixa: há quatro opções. A primeira varia entre 8,5% e 10,25% ao ano mais TR; a segunda usa IPCA mais 3,95% a 4,95% ao ano; a terceira é uma taxa que oscila entre 9,75% a 10,75% ao ano; e a última é composta pela remuneração da poupança e mais de 2,80% a 3,50% ao ano. O prazo de financiamento varia entre 20 a 35 anos.
  • Itaú: tem duas opções. Taxa prefixada de 9,5% ao ano até o fim do contrato, com atualização do saldo devedor do TR; taxa pós-fixada de 3,45% ao ano mais o rendimento da poupança, com atualização do saldo devedor pela TR. O prazo máximo de financiamento é 35 anos.
  • Santander: os juros ficam entre 9,49% e 11,49% ao ano. O prazo máximo é de 35 anos.

Os bancos usam dinheiro da poupança para financiar a casa própria. O banco problema é que a captação líquida da poupança ficou negativa em R$ 82,2 bilhões entre janeiro e outubro de 2022. Isso derrubou o volume de empréstimos imobiliários em 12% no acumulado do ano até outubro, em comparação com igual período de 2021.

O que deve acontecer?

  • Os financiamentos devem continuar caros até a Selic ser reduzida.
  • O mercado não prevê isso antes de meados de 2023.
  • Como não há tanto dinheiro da poupança, os bancos têm de buscar outras fontes, que têm de juros mais altos, diz o diretor Comdinheiro, Filipe Ferreira.
  • Hoje os bancos não têm como oferecer crédito imobiliário a juros menores do que 9% ao ano, diz Ferreira.

Fonte: Uol.