As fintechs e os bancos digitais têm conquistado mais espaço no mercado de crédito do Brasil. Segundo um levantamento da Serasa Experian, a participação dessas empresas na movimentação de inclusão e exclusão de dívidas no banco de dados de inadimplência cresceu 129% entre 2019 e 2022, passando de 1,6% para 3,6%.
De acordo com a instituição, os dados evidenciam a crescente participação desses negócios no setor, além da contribuição com soluções que permitam combater a inadimplência.
“Ao mesmo tempo que a evolução do segmento acelera a democratização do acesso ao crédito, o risco da inadimplência é inerente ao negócio. Esse cenário demanda por soluções integradas para uma melhor gestão do risco no mercado de atuação, sendo necessários mecanismos para mitigar a incidência do endividamento”, diz o diretor de Serviços de Crédito da Serasa Experian, Alex Franco.
O levantamento também mostra o desempenho das fintechs e dos bancos digitais na recuperação de crédito. Em 2019, 68,9% do total de dívidas negativadas foram recuperadas. Em 2020 e 2021, os percentuais caem para 46,8% e 29,4%, respectivamente, em meio aos impactos da crise econômica decorrente da pandemia. Em 2022, há uma retomada, chegando a 49,8%.
Na avaliação da Serasa, a retomada registrada no ano passado resulta dos melhores resultados nas estratégias de cobrança dessas empresas, indicando uma maior maturidade do segmento. Também reflete uma melhor precisão nas decisões tomadas para diminuir o risco dos seus negócios, com maior uso de ferramentas de verificação de Score e tecnologias de automação de decisões e cobranças.
“Por terem melhorado as estratégias de concessão de crédito, gestão de carteira e negociação de débitos, as fintechs estão mais conscientes sobre o uso de ferramentas integradas a fim de atuar com mais segurança e diminuir as perdas com a inadimplência. Essas empresas precisam de parceiros que auxiliem com dados e soluções analíticas que ofereçam uma visão completa dos seus clientes para continuarem crescendo de forma sustentável”, analisa Franco.
Fonte: PEGN.