As inconsistências contábeis da Americanas que levaram a companhia à recuperação judicial, a contratação da Laplace pela Light para rever a sua estrutura de capital ou da BR Partners pela CVC esboçam um 2023 mais espinhoso para os fundos de crédito privado.
O cenário macro já era considerado desafiador, em meio a juros elevados na economia, com o encarecimento do custo de capital para as empresas. Agora, mais prêmio e seletividade estão na ordem do dia.
Na sucessão de eventos recentes, Americanas foi considerado o caso com maior poder de estragos porque a varejista, grande emissora de dívida, teve a sua nota de crédito cortada de uma classificação de alta qualidade para grau especulativo da noite para o dia, balançou as cotas de fundos líquidos, que acolhem as reservas de curto prazo de empresas e famílias. Mas, passado o susto inicial, a percepção é que o setor ainda vai receber a atenção dos investidores.
Fonte: Valor Investe.