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IPCA: saiba para o que serve e como calcular

O IPCA é calculado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Vitória, bem como de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Apesar de não ser calculado em todo o país, o índice é de abrangência nacional – ou seja, vale para todas as regiões e cidades.

Para que serve o IPCA?

O IPCA serve para medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população, segundo o IBGE. Em outras palavras, com ele é possível saber se os valores aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro.

E que produtos são esses?

Eles são definidos pela Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, que avalia o que as pessoas consomem e quanto do rendimento familiar é gasto com cada produto. Por exemplo arroz, feijão, combustível, consulta médica, material escolar, entre outros.

Ou seja: o IPCA considera não só a variação de preços de cada item, mas também o peso que cada um tem no orçamento das famílias. Assim, fica mais fácil entender o impacto disso no bolso das pessoas.

Como é calculado o IPCA?

O IPCA é calculado com base em um levantamento mensal feito pelo IBGE de aproximadamente 430 mil preços em 30 mil locais. Esses valores são comparados com os preços do mês anterior para chegar na variação geral de preços ao consumidor em um período específico.

Essa cesta de produtos engloba diferentes categorias:

  • Alimentação e bebidas (como carnes, cebola, tomate e frutas);
  • Habitação (como energia elétrica, gás encanado e taxa de água e esgoto);
  • Artigos de residência (como mobiliário, utensílios, eletrodomésticos e TV);
  • Vestuário (como calçados e acessórios, roupas masculinas e roupas femininas);
  • Transportes (como combustíveis e transporte público);
  • Saúde e cuidados pessoais (como produtos farmacêuticos, plano de saúde e serviços médicos);
  • Despesas pessoais (como serviços pessoais e lazer);
  • Educação (como cursos regulares, leitura e papelaria);
  • Comunicação (como telefonia celular e internet).

Para isso, o IBGE faz a coleta de dados entre o primeiro e o último dia de cada mês em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços e concessionárias de serviços públicos (como energia elétrica e água) e internet.

Quando é divulgado o IPCA?

O IPCA é divulgado mensalmente pelo IBGE referente ao mês anterior. Em julho, por exemplo, é divulgado o índice de junho; em junho, o de maio; e assim em diante. Com isso, é possível analisar tanto o IPCA mensal quanto o acumulado (por trimestre, semestre ou ano, por exemplo).

IPCA e os investimentos

O IPCA fornece um panorama sobre como está o poder de compra da população e sua variação no país. E, a partir dos dados que compila, sua aplicação é ampla.  O ideal é que se adote estratégias para manter a inflação dentro da faixa fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Olhando para sua utilização nos investimentos, o IPCA é utilizado, por exemplo, como um índice de reajuste e rendimento em muitos contratos, como os títulos IPCA+ do Tesouro Direto. Da mesma forma, o IPCA pode ser usado como uma das taxas de referência para a remuneração de algumas modalidades de investimentos.

Ao mesmo tempo, o IPCA está atrelado a outras variáveis da economia, entre elas a taxa Selic, o que pode trazer reflexos diretos na remuneração de aplicações, principalmente de renda fixa.

Quando os preços sobem muito, a taxa de juros Selic acompanha esse crescimento, a fim de diminuir o consumo. Nesse momento, ativos de renda fixa podem se beneficiar. Por isso, o IPCA é muito importante para os investidores entenderem onde e quando investir.

O investidor deve analisar a rentabilidade real de um investimento e, para isso, estar a par da inflação, entendendo se ela trará ganhos ou prejuízo ao investimento.