A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial brasileira de 2022 caiu de 5,62% para 5,60%, segundo o Relatório Focus, do BC (Banco Central), divulgado nesta segunda-feira, 24, com estimativas coletadas até o fim da semana passada.
Para 2023, a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também recuou, de 4,97% para 4,94%. Para 2024, subiu de 3,43% para 3,50%.
Para a taxa básica de juros (Selic), a mediana das estimativas permaneceu em 13,75% para o fim deste ano, 11,25% no próximo e 8,00% em 2024.
É unânime a percepção de agentes de mercado de que a taxa Selic será mantida em 13,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta semana, embora as incertezas tenham aumentado, com eleições em aberto e dúvidas sobre a economia americana.
Das 108 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor, todas esperam que a Selic continue em 13,75% e que seja mantida nesse nível também em dezembro. Já em relação ao início do ciclo de flexibilização do juro básico, foram ouvidas 94 casas. Desse total, 37 esperam que a Selic comece a ser reduzida em junho, enquanto 26 projetam um ciclo de cortes na taxa com início em agosto.
Há, porém, uma ala do mercado que projeta um início de afrouxamento da política monetária já no primeiro trimestre de 2023.
Na última reunião, em setembro, o BC interrompeu o maior ciclo de alta de juros do país desde 1999 ao manter a taxa Selic em 13,75% anuais, mas disse que “não hesitará” em retomar as elevações caso a inflação não ceda como esperado.
A meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,50% em 2022, 3,25% em 2023 e 3,00% em 2024, sempre com margem de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.
Previsão para o PIB
A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2022 voltou a subir, de 2,71% para 2,76%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado hoje com estimativas coletadas até o fim da semana passada.
Para 2023, a mediana das expectativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi elevada de 0,59% para 0,63%. Para 2024, subiu de 1,70% para 1,80%.
A economia brasileira cresceu 1,2% no segundo trimestre, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no começo de setembro, superando o 0,9% da mediana dos economistas ouvidos pelo Valor. O PIB do terceiro trimestre será divulgado no dia 1º de dezembro.
Previsão para o dólar
Mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano foi mantida em R$ 5,20, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC), divulgado hoje baseado em projeções do mercado coletadas até o fim da semana passada.
Para 2023, a mediana das estimativas para a moeda americana também ficou parada em R$ 5,20 entre uma semana e outra. Para 2024, subiu de R$ 5,10 para R$ 5,11.
Fonte: Inteligência Financeira.