O subsecretário de regime de previdência complementar do Ministério da Previdência e Trabalho, Narlon Gutierre Nogueira, afirmou que o novo título do Tesouro Direto voltado para complementar a renda da aposentadoria tem potencial para alcançar 3 milhões de trabalhadores.
“O público alvo principal são trabalhadores autônomos com faixa de renda entre dois a seis salários mínimos. Quem ganha até dois salários mínimos já tem proteção da previdência pública que repõe seu rendimento, acima de seis salários mínimos já estaríamos acima do teto do regime geral. O público alvo é esse, mas qualquer interessado vai poder adquirir. Só nesse público principal teríamos potencial de 3 milhões de trabalhadores”, ressaltou em entrevista coletiva de lançamento do título RendA+.
O novo título é corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acrescido de uma taxa real fixa, hoje acima de 6%. “O Brasil é o primeiro país do mundo a lançar título com características previdenciárias”, ressaltou Nogueira. Na modalidade, o investidor escolhe uma data para começar a receber a renda extra, que será paga por 20 anos, ou 240 meses. A renda mensal a ser recebida depende de quantos títulos foram adquiridos até a data escolhida. O investidor pode programar aportes mensais, por exemplo, ou fazer uma única compra. É possível começar a investir na modalidade com cerca de R$ 30 (fração do título).
“Não há intenção de substituir a previdência pública, que tem pacote de vantagens bastante amplo. Para se ter a mesma renda que o INSS proporciona precisaria aportar mais no título RendA+, destacou o subsecretário.
De acordo com Otávio Ladeira, subsecretário da dívida pública, o interessado pode investir diretamente pelo sistema do Tesouro Direto que tem convênio com duas instituições financeiras atualmente, o Banco Inter e Órama Investimentos. “Atualmente duas instituições estão integradas conosco, outras instituições estão avançando. Ao longo do ano que vem teremos condição de colocar outras instituições financeiras com acesso direto”, disse.
Fonte: Valor Econômico.