Planejar parcelas que se encaixam confortavelmente no seu orçamento é crucial para evitar a indesejável situação de inadimplência. No entanto, a vida é repleta de surpresas financeiras inesperadas, e é fundamental estar ciente das consequências legais se você não conseguir manter seus pagamentos em dia.
Caso o consumidor falhe em honrar as parcelas do financiamento, a instituição bancária tem a opção de iniciar procedimentos legais para cobrar a dívida ou mesmo recuperar o veículo através de medidas judiciais.
Antes que a ação de busca e apreensão do automóvel seja efetuada, é necessário que o banco valide a inadimplência do cliente. Este processo de comprovação pode ocorrer por meio de uma carta registrada emitida pelo Cartório de Títulos e Documentos ou através do protesto formal da dívida.
Fica claro, portanto, que compreender os trâmites legais associados ao não pagamento de um financiamento de veículo é vital para tomar medidas proativas e evitar surpresas desagradáveis.
O que fazer caso não consiga mais arcar com o financiamento?
Se você enfrenta desafios para manter os pagamentos do seu financiamento de veículo em dia, saiba que existem algumas estratégias para evitar a perda do seu bem. Vamos explorar algumas delas:
Revisite os termos do contrato: Conversar com a instituição financeira para ajustar os termos da dívida pode ser uma solução. Mas tenha em mente que essa ação não reduzirá o valor da dívida; na verdade, ela pode até aumentar o valor total devido, mesmo que as parcelas se tornem mais acessíveis.
Transfira o compromisso: Caso você entenda que não será possível cumprir com os pagamentos futuros, considere transferir o financiamento para outra pessoa. Essa alternativa só é possível se você estiver com todas as parcelas em dia e com a aprovação da instituição financeira.
Substitua o carro: Trocar o veículo financiado por um modelo mais econômico é uma estratégia que pode funcionar, principalmente se você realmente necessita de um veículo para seu dia a dia. A diferença de valor entre os dois veículos poderá ser usada para amortizar a dívida existente. Lembre-se, no entanto, de calcular possíveis depreciações.
Recorra ao refinanciamento: Também conhecido como empréstimo com garantia, esta opção permite que você use o veículo como colateral para conseguir um novo financiamento. O dinheiro obtido pode ser utilizado para quitar o débito inicial, parcial ou totalmente. Essa abordagem deve ser adotada com cautela e planejamento para evitar maiores complicações financeiras.
Venda o bem: Como último recurso, se nenhuma das opções anteriores for aplicável e você quiser evitar o acúmulo de dívidas, você pode vender o veículo através de um Interveniente Quitante. Esse processo requer a participação de um novo comprador, que financiará o veículo através de outra instituição financeira. Essa nova instituição, então, quitará sua dívida com o credor original, transferindo a responsabilidade do pagamento para o novo proprietário.
Fonte: Jornal Contábil.